quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os benefícios de escrever à mão



Segundo estudos recentes das Universidades de Indiana e Washington, nos Estados Unidos, a atitude de Giovanna não só ajudará a melhorar sua letra como também poderá garantir a saúde de seu cérebro. Utilizando um aparelho de ressonância magnética, os pesquisadores do departamento de psicologia e neurociência da Universidade de Indiana detectaram maior atividade neural no cérebro de crianças que haviam praticado a escrita à mão, em comparação com aquelas que apenas observavam letras numa tela. Já as imagens de cérebros de adultos analisadas pela Universidade de Washington indicaram que os movimentos sequenciais das mãos necessários para a escrita, ativam as áreas cerebrais responsáveis pelo raciocínio, linguagem e processamento da memória.

Com a popularização dos notebooks, smartphones e tablets, era de se esperar que a escrita à mão caísse em desuso, mas o professor Antonio De Franco Neto – há 45 anos no ensino da caligrafia, ofício herdado do pai e do avô – diz não temer os avanços da tecnologia. “O computador surgiu para auxiliar a escrita, não para substituí-la”, acredita ele, que tem cerca de mil alunos matriculados no curso. “Com a maior exigência dos vestibulares e concursos, os estudantes de hoje têm procurado melhorar sua escrita”, afirma. A maioria dos alunos de sua escola é composta de jovens a partir dos 11 anos, a idade em que a letra da pessoa amadurece, segundo De Franco.

Curiosamente, os eletrônicos modernos também podem, de forma inesperada, ajudar a perpetuar a caligrafia. No mercado americano já estão disponíveis aplicativos como o “WritePad”. Ao custo de US$ 3,99, o programa transforma palavras escritas na tela, com o dedo ou caneta, em textos digitais, que podem ser usados em mensagens e e-mails. Outro aplicativo, chamado “abc PocketPhonics”, de US$ 1,99, funciona como um jogo, que estimula as crianças pequenas a desenhar letras com os dedos na tela. É a caligrafia a serviço dos novos tempos.

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